O projeto Fato ou Fake?, no 9º ano, levou os alunos a estudar verdades e mentiras no universo das notícias. Orientados pela professora de Língua Portuguesa, Simone Rossetto Belusso, a turma reproduziu fatos e criou fake news, inserindo-os em um questionário para ser distribuído a um determinado público-avo – estudantes do 6º ao 9º ano, Ensino Médio e colaboradores da escola.
A aplicação da pesquisa teve por objetivo investigar a capacidade desse público de diferenciar fatos reais de fake news. Os resultados apontaram o melhor desempenho entre os estudantes do 6º ao 9º anos, que identificaram corretamente 66,7% das questões apresentadas.
Uma das explicações é a inserção desse conteúdo no material didático. O professor de Língua Portuguesa do 8º ano, Erik Sott de Santis, explica que a turma estudou as características das fake news em quatro aulas, realizando exercícios práticos de análise de notícias verídicas e de outras inventadas para chamar a atenção do leitor. A prática também teve lugar no 6º e 7º anos, de acordo com a professora Raquel Schwertner.
No nível de Ensino Médio e entre os colaboradores do colégio, o percentual de acertos obtido foi de 56,2%, “o que indica que, mesmo entre adultos e alunos mais velhos, as fake news continuam sendo desafiadoras de identificar”, comenta a professora de Língua Portuguesa Simone Rossetto Belusso.
Ela destaca que a pesquisa revelou que, mesmo com esforço e atenção, mais de 30% das informações foram mal interpretadas pelos grupos. “Isso sinaliza uma necessidade real de aprofundar o letramento midiático e digital na escola”, aponta Simone.
Como primeira ação, a professora irá propor aos estudantes a criação de cartilhas ou folders com dicas para identificar as fake news.