22/03/2023

Ensino Médio

O Mapa da violência doméstica no Brasil

O Mapa da violência doméstica no Brasil

A violência contra a mulher no Brasil se expressa em estatísticas nem sempre vistas pela população. Cientes disso, os estudantes da 2ª série do Ensino Médio organizaram um mapa online expondo os principais índices dessa violência no país, evidenciando, entre outras formas de agressões, o número de casos de feminicídio, estupro e assédio sexual registrados em 2021.

O trabalho foi feito nas aulas de Geografia da professora Paloma Savian. Os dados foram retirados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública (2022) e disponibilizados na internet por meio da ferramenta digital Padlet, que permite criar quadros e murais de forma colaborativa entre os usuários.

O recurso permitiu aos estudantes inserirem as informações de forma a serem consultadas rapidamente por qualquer pessoa. Em um dos links disponibilizados pelos alunos Nícolas Hister Lang, Murilo Konzen, Rafael Rauber Klein e Uesley Wilhelm, o internauta se depara com um mapa do Brasil, totalmente interativo.

Ao clicar no ícone de localização de cada Estado, os dados aparecem em um quadro que se sobrepõe ao mapa, facilitando não só o acesso, mas a comparação dos números entre as diversas regiões brasileiras.  

Assim, é possível saber em pouco tempo que Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul foram os Estados que mais tiveram vítimas de feminicídio em 2021.

O trabalho permitiu a todos terem uma visão mais clara das realidades locais a partir de dados que, no anuário, estão dispostos em dezenas de planilhas, menos acessível ao público comum. “Facilita a visualização para o planejamento de ações a serem tomadas”, acrescenta o estudante Nicolas Lang, destacando a importância da pesquisa para a sociedade.

O que mais chamou a atenção dos estudantes foi o alto número de casos de violência doméstica em todos os Estados. São agressões e abusos que as mulheres sofrem no seu dia-a-dia e que normalmente nem são notificados. Só no RS foram 18.037 casos registrados em 2021.   

A professora aponta que o reconhecimento dessas situações permite maior compreensão e enfrentamento às múltiplas formas de violência contra as mulheres. “É um importante recurso no que diz respeito a luta por condições mais dignas e justas para as mulheres no país”.

Para conferir os dados completos da pesquisa, acesse: https://abre.ai/fZbz

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