26/02/2020

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Ex-aluno projeta dispositivo para análise bacteriana

Ex-aluno projeta dispositivo para análise bacteriana

Um projeto de pesquisa do ex-aluno lassalista Charles Haab, engenheiro de controle e automação, foi um dos 28 selecionados entre 784 propostas de todo país para receber investimentos do programa Centelha, promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e órgãos como Finep, CNPq e Fapergs .

O projeto contemplado intitula-se “Dispositivo para identificação de contaminação bacteriana” e envolve duas principais áreas de pesquisa, a Engenharia e a Microbiologia. O objetivo do dispositivo é automatizar e reduzir o tempo de análise e identificação de micro-organismos.

Atualmente, o processo mais utilizado para a identificação de bactérias são os meios de cultura, cuja análise é demorada (em média de 3 a 7 dias). "O dispositivo pretende reduzir esse tempo para horas, causando uma redução de custos e simplificação do processo utilizado em hospitais e laboratórios", explica Charles.

Dessa forma, poderá auxiliar na identificação do melhor tratamento de determinadas doenças bacterianas ou ainda avaliar a segurança de alimentos.

O projeto é desenvolvido pela empresa de Charles - a Auftek Tecnologia - que tem como sócio-fundador o engenheiro Adriano M. Jaime. Atualmente os dois cursam doutorado e mestrado, respectivamente, em Engenharia Elétrica na UFSM.  

A pesquisa integra a Tese de Doutorado de Charles e envolve uma parceria entre os pesquisadores do Engenharia Elétrica (GEPOC - http://coral.ufsm.br/gepocufsm/) e da Tecnologia de Alimentos (3i - http://coral.ufsm.br/3i/), sob orientação dos professores Dr. Leandro Michels e Dr. Juliano Barin.

"Inicialmente foi uma surpresa, pois foi o primeiro edital de fomento a tecnologia que participamos. Mas entendemos que existe uma preocupação mundial com relação a saúde e bem estar. Um projeto bem estruturado e organizado, com uma equipe qualificada, também auxiliaram em todo o processo. Só podemos nos sentir lisonjeados pela oportunidade de inovar e fazer a diferença em um país tão carente por ciência e tecnologia", avalia Charles.

Ele destaca que o incentivo do programa é de grande importância para o projeto, já que são necessárias diversas etapas para a validação do dispositivo e da metodologia.

"Dentre essas etapas pode-se citar a necessidade de testar diversos protótipos em laboratório de análises clínicas distintas, comparando sempre com o método dos meios de cultura. Além disso, será de grande auxílio para a obtenção de certificação da ANVISA", comemora.

O programa oferece ainda cursos de capacitação e consultoria técnica especializados em gestão de negócios. Charles acredita que esse incentivo poderá tornar a pesquisa um produto de alto impacto na melhoria da saúde dos brasileiros.

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