O amor entre uma mãe e um filho é semeado desde os dias mais comuns até os dias de festa. Ele está presente na gestação muito aguardada por parte de Noelle Soares. Está presente no que é eterno e não acaba com a morte, legado da mamãe Carla Michele Pinheiro que agora abraça a filha Emilly neste plano pelos braços do papai Marcos Aurélio. Está presente na letra da música cantada, na coreografia ensaiada (entre as canções teve Mamãe Maravilha; Mãe pra todo mundo; Meu abrigo; Kit Kero e Da lua até o chão. Todas buscavam traduzir em palavras este sentimento). Está presente no cartão entregue e no vídeo que faz a lembrança ser interativa: basta apontar a câmera do celular para o QR Code e lá está o maior amor da vida se declarando. Está presente ainda na flor onze-horas, que mãe e filha cuidarão juntas. “Tem que jogar água na plantinha. Eu vou deixar ela lá na minha varanda lá de casa”, adianta Liz. E, assim, o amor floresce.
Quem via Liz Soares se apresentar junto da turma do Pré I B, fazendo poses, sorrindo para a mamãe Noelle e correndo em sua direção rumo a um abraço bem apertado, não poderia imaginar que ela estivesse com febre naquele dia 14 de maio e tenha ido apenas para viver aquele momento. Liz é a menina que ama ir para a aula cheia de bijuterias (só na apresentação do Dia das Mães eram quatro pulseiras, o colar e o laço no cabelo), mas volta para casa sem a maioria delas pois presenteia as amigas. Imagina então os esforços que ela não move em prol de Noelle?
“É muito emocionante sempre as homenagens. Eles conseguem guardar a coreografia, nunca contam nada para fazer surpresa. Mesmo nós duas doentes, ela insistiu muito pra vir e poder dançar para mim. Por isso, falar da Liz é fácil e é difícil ao mesmo tempo. Faltam palavras, mas tenho muito a dizer. Ao mesmo tempo, não sei como agradecer esta escola maravilhosa. Vocês acolhem de uma forma que ficamos bem em casa, sabendo que nossos filhos estão seguros aqui”, diz Noelle, mãe do primogênito Pedro Lucas e da pequena Liz.
Seguros, felizes, porém cheios de saudades do colinho de mãe. Maithê foi mais de uma vez à sala da coordenação naquela quarta-feira, chorosa. Como pedagoga, Maviane Lima olhou em seus olhos, segurou sua mão, ouviu seu relato, secou suas lágrimas, a acalmou, explicou que a mamãe dela, Maíra e da Maya Fares precisava ir embora depois da apresentação, tinha muitos bolos ainda para fazer, uma fonte de renda importante para a sua família. Tudo bem, tia Mavi, a gente entende tudo isso e também as lágrimas da Maithê. Afinal, o amor que floresce é tão grande dentro do peito de quem é filho que a emoção aflora mesmo, vira o jardim inteiro.
Confira as flores das vidas de nossos pequenos nas fotos da galeria abaixo e no Facebook da Escola La Salle.
Por Luiza Gould
Fotos de Adriana Torres, Julia Marques e Luiza Gould
Ascom Unilasalle-RJ