11/11/2015

Ensino Fundamental II

Novo visual solidário

Novo visual solidário

As estudantes do 7º ano Isadora Muller (turma A), Luísa Martins (C), Carolina Muniz (D) e Marcella Haddad (F) são bons exemplos de que a preocupação com o próximo e a vontade de ajudar a quem precisa independem da idade. Num gesto de afeto e generosidade, as quatro decidiram doar parte de seus cabelos para confecção de perucas, destinadas a pacientes em tratamento contra o câncer.

Hoje em dia, alguns salões já fazem todo o processo, do corte ao envio para confecção, e foi numa ida rotineira ao cabeleireiro que Isadora (13 anos) viu a oportunidade de doar. A menina, que teve contato com a doença por meio de familiares nessa situação, assistiu este ano a uma campanha de doação de cabelo e se interessou. Quando descobriu que o salão o qual costuma frequentar realizava todo o procedimento, tomou a iniciativa de cortar 25 cm de suas loiras e longas madeixas. Segundo ela, a importância desse ato está em “fazer alguém feliz”.

Já Luísa (12 anos) foi motivada a fazer a doação por ter conhecido, em seu curso de Inglês, uma colega com a doença. A estudante, que doou as mechas para o Instituto Nacional do Câncer (INCA), afirmou que “ser o motivo do sorriso de uma pessoa é muito especial”. Por isso, nem a demora do crescimento fez com que ela se arrependesse. E ela já pensa em passar a tesoura novamente, assim que os fios voltarem ao tamanho em que estavam.

O caso de Carolina (12 anos) é parecido. Saber que uma amiga de sua avó teve câncer a incentivou. E a loirinha está só esperando suas madeixas crescerem até a cintura, para então cortá-las. Ela mal pode esperar o meio do ano que vem para que isso aconteça.

Com o desejo de ajudar o próximo, mas sem saber como, e após ter assistido a entrevistas de crianças com câncer, que ficavam felizes em receber perucas, Marcella (13 anos) tomou uma decisão: neste Natal, suas madeixas serão o presente de alguém. Com o cabelo quase na altura da cintura, ela está esperando ele crescer, desde o ano passado, já com esse intuito. “Doando uma parte de mim, eu quero que alguém possa ser feliz como nós somos”, explicou.

As meninas agora tentam mostrar a importância da causa para as pessoas de seu convívio. As duas que já doaram curtiram o novo visual, e não se arrependem da decisão. Enquanto isso, as que ainda não cortaram estão muito ansiosas e já se emocionam imaginando a reação de quem vai receber a nova cabeleira.

Quatro histórias diferentes que resultaram num lindo gesto de solidariedade. Quando alguém doa suas mechas, outra pessoa recebe também sorrisos e a força que precisava para continuar lutando. A queda dos fios afeta o lado psicológico da paciente, além da própria luta contra a doença já ser um processo muito difícil. Devido a isso, o uso de uma peruca pode fazer a diferença, auxiliando na recuperação da autoestima das mulheres, para que enfrentem melhor o tratamento.

Pensando nisso, as meninas fizeram um apelo: “Nós achamos que seria muito legal se a Disney criasse uma princesa careca, para essas crianças se sentirem mais confortáveis consigo mesmas”, sugeriram elas.

Os requisitos para a doação variam dependendo da instituição que vai receber a mecha, mas, geralmente, o tamanho mínimo deve ter em torno de 15 cm. Não há restrição em relação à cor ou ao tipo dos fios, nem se tem química ou se é tingido, o importante é contribuir com a causa.

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