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O significado inicial da Páscoa está ligado ao evento da libertação do Povo Hebreu do Egito, por Moisés. A Pessach, Páscoa em hebraico, significa "passagem", ou seja, passagem da escravidão do Egito para a libertação do povo de Israel. Também tem um sentido simbólico da passagem do inverno para a primavera, comum às celebrações pagãs, pela posição no calendário. Jesus, durante sua vida, celebrava a Páscoa Judaica, como sua família, desde os 12 anos, idade adulta para os judeus, conforme a descrição de Lucas. Em sua vida pública os evangelistas, principalmente João, fazem menção da presença de Jesus em Jerusalém, durante as festas judaicas, especialmente a da Páscoa. 

A Páscoa Judaica tem sua origem na lembrança da libertação do povo Judeu do domínio dos Egípcios, descrito no livro do Êxodo (12,12) onde se lê: “Porque naquela noite passarei pela terra do Egito, e ferirei todos os primogênitos na terra do Egito, tanto dos homens como dos animais; e sobre todos os deuses do Egito executarei juízos; eu sou o Senhor”. O significado teológico é o sentido de que Deus será o Deus do povo Hebraico, fortalecendo o monoteísmo no Deus de Abraão. Esta é a razão mais profunda do significado da libertação do Povo de Deus do Egito: libertar o povo do politeísmo do Egito.  

Após a ressurreição de Jesus, a Páscoa passou a ser celebrada em memória a este fato. O que ocasionou uma diferença do calendário Judaico, do Católico. O Judeu continuou baseado na celebração da libertação do Egito, enquanto que o Católico a partir do Concílio de Nicéia, 325, reajustou o calendário católico, para evitar as coincidências com a Páscoa Judaica. O calendário Hebraico tem sua determinação pelo ciclo lunar, enquanto que o Católico, pelo ciclo solar; trazendo, assim, diferenças nas datas desta celebração.

Percebe-se que, na celebração da Ceia do Senhor, na quinta-feira santa, Jesus fala de que devereis celebrar esta ceia para sempre, em sua memória. Antecipando a sua Morte e Ressurreição como celebração definitiva da Páscoa. Assim, a Semana Santa, que culmina com a Páscoa, é a celebração da vida, morte e ressurreição de Cristo, que por estas ações traz a salvação para os homens. 

Os outros símbolos agregados à Páscoa, ovos, coelho, presentes, são apropriações históricas, como adereços sobre o seu significado profunda da Vida Nova que Cristo traz para a humanidade.

Nos quarenta dias que Jesus ainda se faz aparecer em encontros com os apóstolos, podemos encontrar as sínteses das mensagens que Jesus traz no seu Evangelho. Uma delas pode ser esta, narrada por Marcos, que a descreve ao ouvir a narração de Pedro sobre a Ressurreição. Quando, no primeiro dia da semana, as mulheres, Maria Madalena, Maria, mão de Tiago e Salomé foram ao sepulcro para embalsamar o corpo de Jesus, segundo o costume dos Judeus, encontraram o túmulo vazio e “um jovem sentado do lado direito” lhes disse: “Não vos assusteis! Procurais Jesus, o nazareno, aquele que foi crucificado? Ele ressuscitou! Não está aqui! Vede o lugar onde o puseram! Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro: ‘Ele vai à vossa frente para a Galileia. Lá o vereis, como ele vos disse!”. (Mc 16,7).

Sim... ele sempre vai à nossa frente, nos esperando para nos conduzir. Feliz Páscoa.

 

Lucas do Rio Verde, março de 2018.
Prof. Dr. Nelso Antonio Bordignon, fsc
Diretor Geral - Faculdade La Salle

 

 
 

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