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O mês de dezembro indica o final o ano civil. O ano religioso termina com o último domingo do ‘tempo comum’, normalmente, no mês de novembro. Diversas comemorações acontecem no final de ano, como celebração de encerramento das atividades anuais. O imperador romano Aureliano, no ano de 274, confirmou a escolha do dia 25 de dezembro para celebrar a festa pagã do Natalis Solis Invicti (nascimento do sol invencível) em homenagem ao deus Mitra, popular em Roma. Com a integração do cristianismo como religião oficial do império, no ano 354, feita pelo imperador Constantino, este adotou a dia 25 de dezembro festa do nascimento de Cristo, simbolizando o rei Sol, agora também para os romanos. 

Os Evangelhos não indicam a data do nascimento de Jesus, mesmo que, em dezembro, as condições meteorológicas da Palestina indicam, normalmente, inverno rigoroso, impedindo os deslocamentos. O mais provável é que o nascimento de Jesus tenho ocorrido fora deste tempo, entre março e abril, onde o clima no Oriente Médio é mais ameno. No século IV, a Igreja do Ocidente oficializou a data de 25 de dezembro, como a festa do nascimento de Cristo, o Natal. A leitura da historicidade do Natal não minimiza o significado teológico do nascimento de Cristo. Ele nos faz recordar a expressão do Apóstolo Paulo: “Ao chegar a plenitude do tempo, Deus enviou o seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a Lei, para remir os que estavam sob a Lei, a fim de que recebêssemos a adoção filial. E por que sois filhos, enviou Deus aos nossos corações o Espírito do seu filho que clama: Abba, Pai! De modo que já não és escravo, mas filho. E se és filho, és também herdeiro, graças a Deus. ” (Gl 4,4-7).

A plenitude do tempo identifica-se com o mistério da Encarnação do Verbo, de Jesus Cristo e com o mistério da Redenção do homem e do mundo. Jesus é o Filho de Deus, nosso Salvador. Nos lembra que éramos sujeitos à Lei e agora, pela presença de Cristo, somos filhos de Deus, somos livres e herdeiros de Deus, capazes de ser, conviver, aprender e ensinar, crescer e fazer crescer; bem como gerar vida física, afetiva, espiritual em nós e nos outros.

A graça do nascimento de Cristo nos fez pessoas geradas no Mistério de Deus para uma vida inspirada em sua vida e missão. Como cristãos, somos participantes da experiência de Deus no mundo, em sua experiência trinitária de amor, sabedoria e vontade.

Que a plenitude dos tempos, com a presença de Cristo, se realize em nossa Comunidade Acadêmica e na vida pessoal e familiar de cada um de seus membros.

Feliz Natal e Próspero ano de 2018.

 

Lucas do Rio Verde, dezembro de 2017.
Prof. Dr. Nelso Antonio Bordignon, fsc
Diretor Geral - Faculdade La Salle

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