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Pesquisa realizada pela Faculdade La Salle mostra o valor da cesta básica nas quatro maiores cidades do Vale do Taquari e em Porto Alegre e o quanto cada família deveria receber como renda familiar básica. Aponta ainda que, em um comparativo com a última edição realizada em 2015, o valor médio da cesta subiu 9,8%. Dentre elas,Teutônia é a que tem o menor valor em comparação aos demais municípios, porém também foi a que teve o maior reajuste no preço nos últimos dois anos.

Essa foi a terceira edição da pesquisa “Projeto Cesta Básica” desenvolvida por acadêmicos do Curso de Administração. Nesta edição, o levantamento foi supervisionado e proposto pelo coordenador do curso, César Müller, e realizado pelas acadêmicas bolsistas Daiana Elisabete Berghahn e Letícia do Nascimento.

A atividade iniciou em abril e foi concluída em novembro. Em maio e junho, na primeira semana de cada mês, as alunas se dividiram e visitaram três supermercados de maior fluxo de cada uma das cidades para levantar os preços de 14 produtos, estipulados por decreto como sendo itens da cesta básica. Depois, os dados foram compilados para se chegar a uma média de preço em cada um dos municípios. 

Müller diz que todos os números foram calculados com base em dados estatísticos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e ainda em determinações de decretos de leis federais. 

De acordo com o coordenador, os dados são de extrema importância para analisar como a economia da região se comporta e também para calcular qual seria hoje a renda familiar necessária em cada uma das cidades. “Eles nos mostram que hoje muitas famílias ainda recebem muito abaixo do necessário.” Ele avalia que a alternativa é pesquisar promoções e preços em mercados distintos.

Outro alternativa, que segundo Müller pode ser indicada, é melhorar a qualificação dos membros da família, afim de aumentar a renda familiar. Explica que pesquisas indicam que pessoas com ensino superior no currículo recebem, no mínimo, 15% a mais na folha de pagamento.

 

Renda necessária

O IBGE e o Governo Federal estipulam como renda familiar a soma de entrada de valores mensal de um grupo de quatro pessoas: dois adultos e dois filhos. Sendo assim, os cálculos foram baseados nessa quantidade de membros. Além disso, consideram como ideal, que no máximo 35,7% da renda familiar seja utilizada na compra da cesta básica. Assim, nas quatro cidades avaliadas a renda familiar necessária seria superior a R$ 2,9 mil.

 

Renda necessária por cidade

Arroio do Meio – R$ 3.075,43

Estrela – R$ 2.983,15

Lajeado – R$ 2.963,66

Teutônia – R$ 2.926,90

Porto Alegre – R$ 3.340,28

Fonte: Faculdade La Salle

 

Aumento de valor

De acordo com a pesquisa, nos últimos dois anos, a cesta básica subiu em média 9,8%. Teutônia foi onde mais cresceu (15,6%) e Lajeado a que menos cresceu (3,5%). Segundo Müller, existem vários fatores que são determinantes para o aumento do preço dos produtos da cesta, dentre elas a margem de lucro dos comerciantes, a concorrência, a marca do produto, condições climáticas, entre outros.

 

Valores da Cesta Básica

Cidade

valor 2017

valor 2015

Aumento

Arroio do Meio

R$ 366,08

R$ 330,06

R$ 36,02

Estrela

R$ 355,09

R$ 327,89

R$ 27,20

Lajeado

R$ 352,77

R$ 335,93

R$ 16,84

Teutônia

R$ 348,40

R$ 301,35

R$ 47,05

Porto Alegre

R$ 397,60

R$ 363,52

R$ 34,08

Fonte: Faculdade La Salle

 

 

Relação de produtos e quantidades da Cesta Básica

 

Alimento

Quantidade região 3 (RS)

Carne

6,6kg

Leite

7,5 litros

Feijão

4,5 kg

Arroz

3 kg

Farinha

1,5 kg

Batata

6 kg

Legumes (Tomate)

9 kg

Pão Francês

6 kg

Café em pó

600 gr

Frutas (banana)

90 unidades

Açúcar

3 kg

Banha/Oleo

900 gr

Manteiga/Margarina

750 gr

 

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