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O espírito empreendedor é muito importante para o desenvolvimento sustentável de uma região. No Agronegócio há espaço para criar novas frentes de desenvolvimento e renda que corroborem para a diversificação da produção agropecuária.

Os países e regiões que se desenvolveram muito, passaram inicialmente pelo incentivo a educação e profissionalização de atividades. Dessa forma, o empreendedorismo criou raízes mais fortes e estabeleceu a criação de projetos voltados a potenciais de mercados mais práticos de serem atendidos. Como os mercados locais, através dos nichos de produtos, a custos mais baixos sem o dreno de recursos do meio rural causados pela falta de viabilidade econômica.

O Brasil possui atualmente 210 milhões de habitantes, o quinto maior potencial de consumo de alimentos do mundo, além disso é um grande produtor e exportador de alimentos. No agronegócio é necessário empreender, criar alternativas novas, para atender mercados cada vez mais ávidos por novos produtos.

Atualmente, grandes cadeias de produção, como aves e suínos, podem ter problemas de viabilidade econômica, se visto como commoditiesque não agregam valor ao produto e tem alto custo fixo de implantação e manutenção da estrutura física. Isso decorre da necessidade de escala de produção cada vez maior, aliada a necessidade de complementar a mão de obra familiar pela mão de obra contratada, encarecendo a produção. Por exemplo, atualmente um aviário para frangos de corte, se analisado como único setor de uma propriedade, necessita no mínimo de 10 anos de prazo para se pagar. Nesse contexto, é muito importante que o produtor e sua família dialoguem para escolher sua atividade produtiva, onde o conhecimento, deve ser a grande ferramenta para a decisão do seu projeto de negócio.

Todo projeto, mesmo sendo inviável, movimenta a economia local, mas pode frustrar o produtor, elo importante na cadeia produtiva, fazendo-o correr altos riscos e criando dependência econômica pelo alto custo financeiro com o simples objetivo de obter uma renda justa para o seu sustento e de sua família.

            É importante salientar que tem espaço para todos. Cada empreendedor rural deve seguir a sua aptidão e seu potencial, não esquecendo da caneta, papel e calculadora, que são ferramentas indispensáveis para o estudo de viabilidade econômica e gestão do seu negócio para que tenha sucesso e vida longa, estimulando a sucessão familiar rural.

Os projetos de pequeno porte geralmente, aproveitam bem os recursos, ocorrendo menor endividamento do produtor rural e, consequentemente, os recursos gerados ficam na região. Tais iniciativas, atendem melhor aos nichos de mercado, agregam mais valor aos produtos, geram mais empregos e renda.

Na região do Vale do Taquari já há exemplos de sucesso de empreendimentos com esse objetivo. O Vale tem uma forte vocação já estabelecida que é a de produzir alimentos. Em torno dessa habilidade regional há que se estruturar novas redes de empreendimentos e mesmoiniciativas individuais, para dar sustentabilidade ao setor já existente.  Como a olericultura, fruticultura, agroindústrias familiares diversificadas, entre outras. Importante que sejam produtos de valor agregado que atendam mercados específicos, de preferência regionais.

Como já dito, o Vale do Taquari tem na sua vocação a produção de alimentos que vem de encontro a economia regional. Por outro lado, o Vale clama por empreendedorismo, para criação de novas alternativas de produção, que garantam a inclusão do jovem para dar continuidade às propriedades rurais com renda.

Por isso, será importante aproveitar esse momento de crise econômica, para canalizar interesses e esforços de forma conjunta para criar novas possibilidades de produção de alimentos mantendo e promovendo o crescimento da região do Vale do Taquari de forma a cumprir o seu papel como produtor de alimentos.

 

Engenheiro Agrônomo

Renato Kreimeier

Especialista em Gestão Financeira e de Cooperativas

Professor da Faculdade La Salle Estrela - RS. 

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